quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MEC admite que alunos tiveram acesso a 8 questões antes do Enem


     O Ministério da Educação disse que o simulado de um colégio em Fortaleza (CE) apresentou oito questões que constavam no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) duas semanas antes da realização da prova, aplicada neste fim de semana em todo o país. Segundo o ministério, cinco das questões eram identicas às da prova e três tinham pequenas mudanças.



Escola diz que usou questões de pré-teste do Enem; leia notaProcuradoria pedirá suspensão do Enem por suposto vazamento

     Quatorze questões foram divulgadas em um perfil do Facebook na noite desta terça-feira (25).
    A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso. Dependendo da investigação, só os 630 estudantes do colégio Christus, que tem várias unidades na capital do Ceará, poderão ter que refazer o Enem em novembro.
      O diretor do colégio, Davi Rocha, disse que ficou surpreso com a repercussão do caso. Ele disse que ainda apura o que ocorreu e que o simulado é realizado por uma rede de colaboradores.
   O Ministério Público Federal no Ceará informou que pretende pedir o cancelamento da prova. Segundo o procurador Oscar Costa Filho, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep (instituto responsável pelo Enem) serão notificados. Caso o pedido não seja aceito, tentará suspender o exame na Justiça.


HISTÓRICO

   As provas do Enem registraram problemas nos dois últimos anos. Em 2010, a prova amarela teve questões embaralhadas, o que fez com que alguns estudantes marcassem as respostas no campo errado.
   Já na edição do Enem de 2009, exemplares da prova foram roubados. A fraude adiou a realização do exame, que acabou marcado por abstenção recorde e erro no gabarito oficial. Quatro dos cinco envolvidos no vazamento foram condenados pela Justiça Federal.
   Neste ano, cerca de 1.100 candidatos foram informados por telefone que o local da prova indicado no cartão de confirmação de inscrição estava errado.
  Segundo o Inep, o problema atingiu apenas candidatos do Rio e consistiu na digitação errada do número do prédio. Os cartões indicaram o prédio da reitoria da Unirio, cerca de 200 metros de distância do prédio onde ocorreu a prova.

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