25 MANEIRAS PARA CONQUISTAR OS ALUNOS
De acordo com uma pesquisa, apenas um a cada quatro alunos do 6º ano ao ensino médio dizem que as suas escolas oferecem um ambiente acolhedor. Esta constatação é surpreendente !!! Como podemos inspirar os alunos a mostrar empatia uns pelos outros, se nós falhamos em mostrar isso em nós. Na verdade, nós nos importamos muito, porém nosso foco está centrado apenas no desenvolvimento acadêmico e acabamos por ignorar os pequenos gestos que demonstram carinho. Interessante dizer que, o menor caminho para o sucesso acadêmico de muitos alunos é através dos seus corações. Eles não se importam com quanto nós sabemos, o que eles querem saber é o quanto nós nos importamos.
Aqui vão 25 dicas que, se praticadas diariamente, garantirão o seu nome no Hall da Fama junto aos Alunos, Pais e Direção da Escola.
- Aprenda o nome dos seus alunos
- Lembre a data de aniversário deles
- Pergunte como eles estão e/ou como se sentem
- Olhe nos olhos quando conversar com eles
- Ria junto com eles
- Diga-lhes o quanto você gosta de estar com eles
- Encoraje-os a pensar grande
- Incentive-os a persistirem e celebre os resultados
- Compartilhe do entusiasmo deles
- Quando estiverem doentes envie uma carta ou um bilhete
- Ajude-os a tornarem-se experts em algo
- Elogie mais e critique menos
- Converse a respeito dos sonhos ou do que os afligem
- Respeite-os sempre
- Esteja sempre disponível para ouví-los
- Apareça nos eventos que eles realizarem
- Encontre interesses em comum
- Desculpe-se quando fizer algo errado
- Ouça a música favorita deles com eles
- Acene e sorria quando estiver longe
- Agradeça-os
- Deixe claro o que você gosta neles
- Recorte figuras, artigos de revistas que possam interessá-los
- Pegue-os fazendo algo certo e cumprimente-os por isso
- Dê-lhes sua atenção individual
Professor, esses 25 comportamentos traduzem a essência do que é criar um relacionamento baseado no Amor e não na nota bimestral. Coloque em prática essas dicas e veja a mudança no comportamento dos seus alunos.
PPP (Proposta Político Pedagógica) 2011
1 ORIGEM DA CLIENTELA DA ESCOLA
A clientela atendida pelo CERE reside nos bairros circunvizinhos, dos mais próximos aos mais longínquos e caracteriza-se principalmente por crianças e jovens da periferia, oriundas de famílias de baixa renda. A maioria delas filhos de pais separados, onde a mãe é a principal responsável pela família, tendo como fonte de renda para o sustento dos filhos apenas trabalhos provisórios, que não lhe garante a mínima estabilidade ou são assistidos por benefícios do governo como o “Bolsa família”.
A caracterização exposta dificulta o caráter do trabalho educativo executado, pois muitas vezes somos obrigados a exercer funções além das nossas responsabilidades. Essa prática tem dificultado a ação específica do trabalho pedagógico, sacrificando especificidades que sustentam o fazer educativo.
O nível de compreensão dessas crianças e jovens também é afetado devido a pouca familiarização com material escrito. Esse é mais um fator que compromete o processo de aprendizagem dentro dos níveis exigidos nas séries em que cursam atualmente.
As questões disciplinares são mais um entrave quando se lida com essa clientela. Os pais muitas vezes colocam-os na escola na esperança de uma mudança de comportamento e de vida, o que faz com que estes pouco ou nada colaborem com a escola para a educação dos filhos.
1.1 Breve Histórico da escola
· Inaugurado em 11 de Maio de 1994 pelo então Governador Ciro Ferreira Gomes e o Prefeito Manoel Salviano;
· Oito anos depois recebe o reconhecimento do Conselho Estadual de Educação pelo parecer Nº 154/2002 de 12 de dezembro 2002 sendo credenciado a oferecer os cursos de ensino Fundamental e Médio;
· A clientela atendida é oriunda dos bairros Santa Tereza, João Cabral, Romeirão, Triângulo, Pirajá, Salesianos e adjacências;
· Fez parte de uma experiência que buscava a qualidade no ensino proporcionando uma carga horária diferenciada, quando o aluno além de freqüentar um expediente tinha no contra turno aulas de reforço e atividades esportivas, oficinas de arte, trabalhos manuais, etc.;
· Com a demanda de matricula, em 1997 foi repensado pelos dirigentes da política educacional o fato de que alguns alunos freqüentavam a escola em dois turnos enquanto outros estavam fora da escola por falta de vagas, modificando, assim, o projeto inicial;
· Constituiu-se um marco referencial na educação de Juazeiro do Norte por ter sido a primeira escola onde os funcionários foram selecionados por concurso público;
· Em 1998 ocorre a primeira eleição para diretor ficando como Diretora Administrativa Violeta de Melo Vitorino;
3 OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA
· Tendo em vista as necessidades no contexto sócio-econômico, político e cultural, temos como um dos objetivos gerais criar condições para a construção coletiva de um saber elaborado, que dê oportunidade e garanta o acesso e a permanência da classe trabalhadora à escola e os situem num quadro explicativo do mundo para a integração na sociedade e no mercado de trabalho;
· Criar condições para a construção coletiva de um saber crítico que oportunize e dê acesso a todos para integração na sociedade e no mercado de trabalho;
· Garantir o acesso e a permanência de todos, independente de classe social, religião, opção sexual, etc.;
3.1 Objetivos específicos da escola
§ Formar para a cidadania desenvolvendo atitudes e valores;
§ Educar com criatividade, parceria, participação, ética, compromisso, competência;
§ Implementar mecanismos que superem o comodismo metodológico;
§ Buscar uma ação educativa contextualizada com práticas pedagógicas inovadoras;
§ Educar com criticidade para formar cidadãos críticos e construtores de sua história;
§ Incentivar a participação dos pais na vida escolar dos seus filhos;
§ Efetivar a participação dos professores nos conselhos de classe;
§ Implantar a avaliação institucional;
§ Considerar que todos são capazes de aprender e interagir socialmente;
§ Oportunizar ao aluno o entendimento de que o conhecimento tem características universais;
§ Trabalhar o conhecimento numa perspectiva universal, lidando com a realidade próxima dos alunos provocando o diálogo dessa realidade com o conhecimento que propicie a explicação lógica desse contexto
4 OBJETIVOS DA PROPOSTA
4.1 Geral
Valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social, proporcionando uma educação de qualidade através de um trabalho de parceria entre os pais, alunos e profissionais da educação, num processo cooperativo de formação de indivíduos plenos e aptos a construir a sua própria autonomia e cidadania, reconhecendo-se, recomendando-se como ser único, mas também coletivo.
4.2 Específico
ü Valorizar as múltiplas inteligências, dando oportunidades ao educando de desenvolver suas potencialidades;
ü Desenvolver conteúdos derivados do cotidiano do educando, utilizando situações que apareçam em sala de aula, discutindo e informando através dos temas transversais;
ü Desenvolver princípios de valores e ética, propiciando o respeito mútuo e a solidariedade, dentro de um ambiente de interação;
ü Resgatar a unidade do saber e do fazer através de uma prática interdisciplinar que percorra um caminho oposto à fragmentação do conhecimento;
ü Proporcionar condições favoráveis para a construção consciente de valores cívicos e sociais;
ü Oportunizar a liberdade de expressão garantindo a autonomia com responsabilidade diante dos fatos cotidianos com sabedoria e comprometimento;
ü Tornar o educando consciente, participativo e condutor de idéias capazes de surtir um efeito prático diante do desenvolvimento sustentável.
5 CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS
O momento histórico vivenciado no contexto educativo escolar, aponta para uma filosofia de educação, que possa contemplar às múltiplas dimensões do homem, enquanto sujeito inserido em um determinado contexto. O CERE busca referências em algumas concepções pedagógicas, partindo do princípio de que não existe uma só tendência certa ou errada, mas, que cada uma delas têm pontos positivos e negativos, cabendo a nós educadores lançar mão daqueles que na nossa visão venham a deixar colaborações significativas na educação dos nossos alunos.
Sendo assim, a escola busca salientar o papel do professor e do aluno na consolidação do conhecimento, dentro de uma concepção sócio-interacionista* e progressista*, trabalhando a interdisciplinaridade e transversalidade. A escola hoje é conhecida como parte inseparável da totalidade social, buscando o conhecimento do mundo, construindo e renovando este conhecimento, partindo de idéias, tomando consciência de vivência, cidadania, buscando a construção de um universo mais harmonioso, concepções primordiais ligadas ao saber e ao desenvolvimento psico-intelectual. Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de ensino, serão considerados como ponto de partida de criação. Apropriação, sistematização, produção e recriação do saber.
CONCEPÇÕES DE:
5.1 Mundo
O mundo é um grande laboratório capaz de proporcionar infinitas descobertas que podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas potencialidades. Quanto mais pudermos trazer este laboratório para a sala de aula, tanto mais poderemos estar em sintonia com tudo o que nos cerca. Mais importante que pôr escolas no mundo é saber pôr o mundo dentro das escolas. Portanto, é fundamental reconhecê-lo como laboratório onde o que conta é o descobrir e o descobrir-se nele. Somente na medida em que os homens criam o seu mundo, que é mundo humano e o criam com seu trabalho transformador, eles se realizam. A realização dos homens, enquanto homens, está, pois na realização deste mundo. Nós, como educadores, temos claro que a nossa função é conscientizar os alunos da grandeza que ignoram trazer em si e direcionar a prática desta descoberta para o bem comum.
5.2 Homem
Agente transformador, criativo, em constante desenvolvimento e capaz de solucionar problemas. Por ser diferenciado por suas idéias, que, cumulativas, formam a sociedade, é dotado de grande bagagem cultural e sentimentos enraizados desde seu nascimento. Ser provido de qualidades físicas e psíquicas, está sempre movendo e removendo situações impostas pelo meio em que vive, modificando a realidade com o objetivo de ter uma vida mais tranqüila. Cabe a cada um manter o equilíbrio, para que o seu próprio mundo seja preservado e sua espécie nãos seja extinta.
5.3 Sociedade
Desde sua origem, o indivíduo é introduzido na sociedade e aos poucos vai percebendo o seu funcionamento. Toda sociedade estabelece uma convivência em grupo, convivência essa que é permeada por regras, por um senso comum, intenções colhidas por um todo que servem a um único propósito, a sobrevivência do mesmo. Porém, cada ser social é único e particular e cria sua própria identidade, regendo-se por seus próprios dogmas e preceitos. As regras, os preceitos que emanam de um pensar coletivo, são postas para o surgimento de uma cultura única, que determina a solidificação no momento em que o grupo, a elege como tal.
5.4 Educação
A educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser digno e consciente de suas ações. É através da educação que ele constrói a sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar sua vida e sociedade. É o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento cientifico, mas atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento individual e coletivo. Não podemos ter uma consciência ingênua de que a educação está desprovida ideológico. A ideologia encontra-se presente no meio educacional, referendando valores da classe dirigente. Durante o período colonizador prevaleceu a concepção educacional, dos jesuítas que impunham as “verdades” do cristianismo. Nas fases ditatoriais da historia, como durante o governo de Getúlio Vargas, predominou um culto a um nacionalismo exacerbado. No moimento em que se implantou o regime militar, com toda uma carga ideológica voltada para a segurança nacional, a educação voltou-se para o tecnicismo, estimulando um conhecimento fragmentado e acrítico. No momento, com a busca da qualidade total na educação, temos que ter consciência do caráter empresarial que aí se encontra presente. Cabe aos educadores, neste momento, buscar novos caminhos para a educação, desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-la instrumento real de construção e transformação do individuo e da sociedade.
5.5 Escola
A escola não é apenas um espaço físico destinado a repassar saberes. Ela é um local de construção do saber, prepara o individuo a interagir com o meio em que vive. Deve agir em conjunto com a família e as instituições sociais em busca de uma transformação da sociedade. E através da escola que se experiência o saber. Esse saber que não deve ser estático, pronto e acabado, mas, dinâmico, renovado e integrado à realidade do aluno. É papel da escola proporcionar oportunidades de ensino-aprendizagem, valorizando a individualidade de cada um. Deve também se questionar sobre seu papel na sociedade, sobre suas ações e ralações entre escola, família e sociedade, procurando oferecer sempre meios de exploração do ambiente, inventando, direcionando o ser humano às finalidades de caráter social e renovador.
5.6 Professor
Ser professor é, antes de tudo ter confiança no potencial do aluno, acreditando que a sua liberdade não é proibida de exercer-se e que aluno e professor estão abertos à aprender um processo atuante de ensino aprendizagem. Nesse processo o professor passa a ser um orientador do conhecimento, um instrumento a ser melhorado e que age como um mediador uma ponte de acesso que permite seu aluno caminhar por ela, dando-lhe a oportunidade de ver tudo o que esta a sua volta. Professor é aquele que tem a consciência de que não ensina nada a ninguém, pois, educar é mais do que passar conhecimentos acumulados; educar é um ato de amor. Sendo assim, a postura do professor diante dos seus alunos é fundamental. Ele deve ser como um canal de comunicação aberto a deixar fluir e receber orientações, conhecimento, valores, etc.. o verdadeiro professor é aquele que sabe perceber os elementos positivos dos seus alunos, e cautelosamente procura ajudá-los a desenvolver e a encontrar o ponto de equilíbrio, harmonizando e construindo a individualidade dos mesmos. A realização do trabalho docente exige do professor o profundo conhecimento da criança, de como se processa o seu desenvolvimento, a construção do conhecimento, para poder facilitar, encorajar o aluno a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações.
5.7 Aluno
É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e necessita de ajuda para construir seus conhecimentos. Através da relação professor/aluno e aluno/professor ele se apropria dos conhecimentos, interpreta-os, adapta-os a sua realidade desenvolvendo um senso critico. Sendo assim, é um sujeito ativo no processo ensino-aprendizagem, que inova, transforma e adquire meios de refazer o que está feito através da educação. O aluno deve receber incentivo para ser um questionador do mundo, do homem e de si mesmo com o objetivo de compreender o meio ao qual está inserido.
6 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
6.1 Referenciais Teóricos
A denominação “Avaliação da Aprendizagem”, aparece pela primeira vez em 1930 nos escritos de Ralph Tyler, a quem se atribui a paternidade do termo. Tyler defendeu a idéia de que a avaliação poderia e deveria subsidiar um modo eficaz de fazer o ensino. O modo tradicional de avaliar, através de provas e exames, implica em julgamento com conseqüente exclusão. A avaliação que se pretende, busca o efeito transformador do ensino.
O efeito produzido pela avaliação abrange o conhecimento adquirido por todos os alunos haja vista que procede por diagnóstico. Também oferece condições para que cada um encontre seu caminho, para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem. Luckesi concebe uma avaliação “dinâmica”, “transformadora” e “dialética”. Dinâmica pois fornece subsídios para que o projeto educativo realize seus fins; transformadora porque leva o aluno a viabilizar e concretizar o projeto inicialmente disposto e, ainda dialética pela mediação e interação entre o saber inicial e os novos conteúdos retidos e melhor elaborados na relação professor – aluno.
Os objetivos desta avaliação visam auxiliar e também dar uma resposta à sociedade através do processo ensino-aprendizagem e também dar uma resposta à sociedade sobre a qualidade da educação desenvolvida. Segundo a pedagogia progressista de conteúdos, a avaliação não é um julgamento definitivo e dogmático do professor, mas uma comprovação do progresso do educando. Dermeval Saviani dentro da mesma linha de pensamento, a autoridade pedagógica se expressa na sua função de ensinar sem usar o medo como forma de domínio da turma. Citando Gimeno, este estabelece uma relação entre “avaliador” (professor), “produtor” (aluno) e o produto real. A interação entre esses elementos é que permite a adoção de formas e procedimentos diversos em conformidade com o objetivo que se avalia. No processo de auto-avaliação idealizado por Vani Moreira Kennski, deve haver a participação do professor e do aluno, não julgando apenas o grau de aprendizagem alcançado, mas também as novas necessidades sentidas pelo grupo. A auto-avaliação neste contexto, assume grande importância pois, capacita o aluno a tornar-se auto-crítico olhando para dentro de si mesmo e percebendo o quanto, realmente, conseguiu absorver. O mesmo se dá com o professor, que tem a oportunidade de se questionar e se reorganizar nas práticas adotadas em sala de aula.
Segundo a dinâmica e participativa baseada no mecanismo de ação –reflexão – ação. Professor e aluno realizam, de forma simultânea promovendo situações e/ou tarefas em que, através do diálogo e da discussão, se processará a análise crítica. Culminando o referencial teórico, conclui-se que o CERE visa a aplicação dos seguintes critérios de avaliação: reflexivo, mobilizador, crítico, consciente, democrático, humanista, dinâmico, libertador e construtivo.
6.2 Critérios de Avaliação
Ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está presente em todos os momentos vividos na sala de aula. O dia-a-dia da sala de aula não se separa do cotidiano de cada um dos indivíduos que aí se relacionam. Na medida em que avaliar é comparar um fenômeno observado, existe a necessidade de elaborarmos critérios que estão relacionados a seguir.
O CERE faz uso de provas através de situações previamente organizadas para verificar se aluno adquiriu pré-requisitos para a compreensão dos conhecimentos que virão a seguir. Mas, os educadores terão em mente os limites de sua utilização, pois, nem todos os resultados do ensino podem ser medidos ou averiguados através de provas. A avaliação também se fará através de pesquisas e trabalhos escritos, participação em projetos que permitam ao aluno a construção própria do seu conhecimento, propiciando também o seu desenvolvimento e interação social. Não será avaliada somente a produção escrita dos trabalhos, mas também a apresentação oral pelos alunos, dos conhecimentos adquiridos através da pesquisa. Como existem várias espécies de comportamento desejado que representam objetivos educacionais e que não são facilmente avaliados mediante testes, o CERE avaliará os aspectos sócio-cognitivos através de observação dos vários níveis de aproveitamento. Esses aspectos serão observados através de leituras de textos e livros, a realização de tarefas que reforcem seu aprendizado, participação oral em aula e a prática do exercício de cidadania através de cooperação mútua, relacionamento professor/aluno, aluno/aluno e respeito à comunidade escolar onde está inserido. Na avaliação não percebermos tudo, porém, podemos notar os principais êxitos e possíveis fracassos; perceber onde e como aproveitar os pontos positivos; fornecer informações e aumentar a competência do planejamento e tomada de decisões; permitir que todos vejam seu trabalho dentro de um contexto mais amplo, e compreendam as conseqüências de sua atuação.
Constatado que a aprendizagem não foi desenvolvida, imediatamente, serão planejadas ações e estratégias para recuperação dos conteúdos. As estratégias de avaliação utilizadas são: A análise da produção dos alunos considerando todas as atividades realizadas, como por exemplo: textos, desenhos, cartazes, mapas, peças teatrais, paródias, relatórios, etc. Outras tarefas avaliativas: exercícios de revisão, trabalhos individuais e em grupos, testes, provas, TD’s, argüições, aulas práticas, aulas de campo, seminários, simulados, debates, participação em projetos, etc. É importante salientar que a prova deixa de ter caráter de absoluta prioridade como instrumento avaliativo, passando a ter o mesmo peso que qualquer outro instrumento.
O CERE usa a nota numérica como instrumento de avaliação e está numa constante busca de um processo eficaz que permita que permita uma avaliação compatível como seu pensamento pedagógico.
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
O processo de planejamento do ensino tem sido objeto de constantes indagações quanto à sua validade como efetivo instrumento de melhoria qualitativa do trabalho do professor. Os conteúdos a serem trabalhados são definidos de forma autoritária, pois, os professores, via de regra, não participam dessa tarefa. Nessas condições, tendem a mostrar-se apáticos diante dos conteúdos, tornando-se meros executores de algo pensado por terceiros.
Com relação a metodologia utilizada pelo professor, observa-se que esta tem se caracterizado pela predominância de atividades transmissoras de conhecimentos, com pouco ou nenhum espaço para a discussão e análise crítica dos conteúdos. O aluno por sua vez, sob essa situação tem se mostrado mais passivo do que ativo e, por decorrência, seu pensamento criativo tem sido mais bloqueado do que estimulado.
A avaliação da aprendizagem, por outro lado, tem sido resumida ao ritual das provas periódicas, através das quais é verificada a quantidade de conteúdos assimilada pelo aluno.
No contexto acima descrito, o planejamento do ensino caracteriza-se como uma ação mecânica e burocrática do professor, pouco contribuindo para elevar a qualidade da ação pedagógica desenvolvida no âmbito escolar. Consideramos, contudo, que numa perspectiva transformadora, ou seja, o processo de planejamento visto sob uma perspectiva crítica de educação, passa a extrapolar a simples tarefa de se elaborar um documento contendo todos os componentes tecnicamente recomendáveis. A proposta de planejamento do CERE tem como fundamento os princípios do planejamento participativo. Forma de trabalho comunitário que se caracteriza pela integração e convivência de profissionais de uma área que discutem, decidem, executam e avaliam atividades pensadas coletivamente, trocando experiências vividas na prática.
A tarefa do professor será articular uma metodologia de ensino que se caracterize pela variedade de atividades estimuladoras e principalmente criativas. Tal perspectiva, contudo, exigirá uma postura docente que seja comprometida não só com o pedagógico, mas também com o social. Para tanto, é imprescindível que os professores sejam comprometidos com sua função de ensinar. O método de ensino passa a ser, assim, um dos elementos possíveis para a estruturação dos caminhos a serem percorridos pelo professor na busca de uma efetiva aprendizagem do aluno.
Os planejamentos no CERE acontecem a cada 15 dias, por área do conhecimento e são organizados e acompanhados pelas PCAs e coordenadores escolares. A dinâmica de trabalho é planejar as atividades e aulas previstas para o mês de forma coletiva trocando as experiências profissionais.
Os dias previstos para tais planejamentos serão:
Terças-feiras – Códigos e linguagens
Quartas-feiras – Ciências da Natureza
Quintas-feiras – Ciências Humanas
_______________________
7 pecados da reunião pedagógica
As reuniões pedagógicas consiste de um suporte que a coordenação pedagógica deve oferta aos professores por meio de análises de resultados, informes e troca de experiências entre o corpo docente da escola, no entanto, muitas vezes a reunião pedagógica desvia seu foco principal, com isso a Revista Nova Escola trás em sua edição de abril os 7 pecados da reunião pedagógica.
1 Participação facultativa
O que acontece A escola não obriga os professores a comparecer aos encontros de formação, pois:
- A rede não paga pelos horários de estudo coletivo.
- Os docentes trabalham em mais de uma escola.
- A prioridade é dada às tarefas individuais (como corrigir lição de casa), em detrimento das coletivas.
Por que é um erro Se alguns docentes participam da formação e outros não, o ensino na escola não se desenvolve como um todo: os alunos dos professores que vão atrás da formação aprenderão, enquanto os outros, não. Também não há troca de experiências ou aperfeiçoamento de estratégias. "O trabalho pedagógico pede um esforço conjunto para o planejamento de maneiras eficazes a fim de que os alunos avancem. Caso contrário, há um empobrecimento do currículo e dos processos didáticos", diz Inês Assunção de Castro Teixeira, pesquisadora, socióloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Como corrigir Se o problema é o não-pagamento das horas de formação, a categoria tem o direito de pedir a regulamentação junto à Secretaria de Educação. Até que haja mudanças, é preciso buscar alternativas, como montar um calendário que preveja encontros regulares do coordenador com os professores, agrupados por série, ciclo ou disciplina - que também resolvem o problema quando parte da equipe não cumpre jornada integral. Contudo, se os docentes são dispensados, os gestores precisam rever seus conceitos sobre a qualidade do ensino e procurar capacitação.
O que acontece A escola não obriga os professores a comparecer aos encontros de formação, pois:
- A rede não paga pelos horários de estudo coletivo.
- Os docentes trabalham em mais de uma escola.
- A prioridade é dada às tarefas individuais (como corrigir lição de casa), em detrimento das coletivas.
Por que é um erro Se alguns docentes participam da formação e outros não, o ensino na escola não se desenvolve como um todo: os alunos dos professores que vão atrás da formação aprenderão, enquanto os outros, não. Também não há troca de experiências ou aperfeiçoamento de estratégias. "O trabalho pedagógico pede um esforço conjunto para o planejamento de maneiras eficazes a fim de que os alunos avancem. Caso contrário, há um empobrecimento do currículo e dos processos didáticos", diz Inês Assunção de Castro Teixeira, pesquisadora, socióloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Como corrigir Se o problema é o não-pagamento das horas de formação, a categoria tem o direito de pedir a regulamentação junto à Secretaria de Educação. Até que haja mudanças, é preciso buscar alternativas, como montar um calendário que preveja encontros regulares do coordenador com os professores, agrupados por série, ciclo ou disciplina - que também resolvem o problema quando parte da equipe não cumpre jornada integral. Contudo, se os docentes são dispensados, os gestores precisam rever seus conceitos sobre a qualidade do ensino e procurar capacitação.
Confira a reportagem na íntegra clicando no link: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/7-pecados-reuniao-pedagogica-coordenacao-619473.shtml