sexta-feira, 17 de junho de 2011

Insegurança nas escolas assusta pais e estudantes

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Sobe para quatro o número de assassinatos registrados somente este ano dentro de escolas públicas do Ceará. O fato levanta mais uma vez o debate sobre a questão da insegurança em escolas públicas estaduais e municipais e no entorno delas. Por reunir uma grande quantidade de adolescentes, as unidades de ensino acabam se tornando atrativas para traficantes e assaltantes, que aproveitam o horário de chegada e saída dos estudantes para entrar em ação.

No último sábado, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Santo Amaro, no bairro Bom Jardim, foi o cenário do mais recente crime registrado em escolas públicas do Estado. Um jovem de 16 anos, que não era daquela unidade educacional, foi assassinado enquanto brincava com amigos no ginásio poliesportivo da escola.

Ontem, primeiro dia de aula após o crime, o assunto entre pais e alunos era um só: o incidente que terminou em tragédia. O mais preocupante é que jovens da comunidade e alunos da própria escola presenciaram tudo. Alguns, inclusive, estão em estado de choque. Como é o caso do filho da dona de casa Francisca Maria de Sousa, 38.

A criança, de dez anos, presenciou a ação e desde sábado está tendo dificuldades para dormir. "Ele não fica mais sozinho, passa a noite em claro me perguntando se falta muito tempo para amanhecer o dia", relata a mãe, aflita.

"É difícil, a gente perde até a confiança de trazer os meninos para a aula. Tem uns alunos que querem alguma coisa da vida, mas têm outros não querem nada", desabafa Francisca Maria, defendendo a colocação de detectores de metais nas escolas.

Nicole Helen Nogueira, 14, que faz a 8ª série, considera a escola segura. Contudo, ela diz que no sábado, como todo mundo pode entrar por causa do "Escola Aberta", ninguém sabe o que estão levando.

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