Seduc está
instalando pontos biométricos nas escolas estaduais desde 2010. Em muitas, os
equipamentos não funcionam. Em outras, os alunos usam, mas não há controle de
presença
Os equipamentos estão nas entradas de muitas escolas
estaduais, mas não são utilizados pelos alunos. Em outras unidades, os
estudantes colocam a digital diariamente, mas as escolas não têm acesso às
informações. Os pontos biométricos instalados pela Secretaria da Educação do
Estado do Ceará (Seduc) estão protegidos por grades e juntando poeira, enquanto
o controle da presença dos alunos ainda acontece pelas chamadas nas salas de
aula.
Até agora, 30% das 672 escolas estaduais possuem os
equipamentos, que custam R$ 2,9 mil cada um. A instalação vem sendo feita desde
2010. Mateus dos Santos e Andréia Batista são alunos da Escola Deputado Manoel
Rodrigues, no Vicente Pinzón, e até lembram do dia em que registraram as
digitais, mas nunca mais usaram o equipamento. Um aluno da Escola Johnson, no
Luciano Cavalcante, confirmou que não usa o ponto digital e afirmou não ter
ideia do motivo, uma vez que os equipamentos estão lá há um bom tempo.
Para a diretora da escola, Maria Bizerril, a intenção do
projeto é maravilhosa, pois ajudaria a ter um controle da entrada e saída dos
alunos. Já os funcionários da Escola Manoel Rodrigues lembraram que, no momento
do cadastro das digitais, houve problemas para registrar alguns estudantes. “A
iniciativa é louvável, ficamos muito otimistas, mas queremos que funcione”,
comentou um dos funcionários.
E a situação se repetiu em outras escolas, como a Paulo
Elpídio, a Adauto Bezerra e a Mariano Martins. Já na Tecla Ferreira e na Juarez
Távora, os alunos registram chegada e saída, mas os dados não são acessados
pela escola.
Para o professor André Sabino, do Sindicato dos
Professores do Ceará (Apeoc), existe um mau uso do equipamento, uma vez que não
apresenta serventia garantida, mas que, no entanto, foi investido muito
dinheiro e ainda demanda manutenção.
Aprimoramento
A Seduc indicou que o ponto biométrico faz parte do projeto
Aluno on-line e ainda está em fase de aprimoramento. Durante o processo, foi
identificada a necessidade de uma adaptação para que o sistema também receba
cartão, pois algumas digitais não são reconhecidas. Para isso, os técnicos
estão aprimorando o sistema. Conforme a Seduc, as informações serão acessadas
pelas escolas, mas somente quando o projeto for finalizado. Após os ajustes,
haverá treinamento e acompanhamento para a utilização da ferramenta.
ENTENDA A NOTÍCIA
30% das escolas estaduais já contam com os pontos
biométricos. Para funcionários das escolas, o ponto seria uma ótima
oportunidade de realizar o controle da presença e abordar a evasão escolar. Por
enquanto, muitos equipamentos não estão em funcionamento.
Saiba mais
O projeto Aluno on-line tem com objetivo fornecer um espaço
interativo para que o estudante acompanhe suas notas, frequências, calendário
curricular da escola, horários das aulas e histórico escolar.
Também haverá um perfil de acesso para que os responsáveis pelos estudantes acompanhem o rendimento escolar.
O sistema usado nos pontos biométricos, segundo a Seduc, foi desenvolvido pelos técnicos da própria secretaria, por isso, não existe pagamento para utilização do sistema.
Também haverá um perfil de acesso para que os responsáveis pelos estudantes acompanhem o rendimento escolar.
O sistema usado nos pontos biométricos, segundo a Seduc, foi desenvolvido pelos técnicos da própria secretaria, por isso, não existe pagamento para utilização do sistema.
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